domingo, maio 28, 2006

Não, esse não..

"Ser artista é uma compulsão. Normalmente a pessoa não decide ser artista de modo racional como se escolhe uma profissão, pensando nas coisas que gosta ou que faz melhor. A pessoa nasce com aquele desejo recorrente de pintar, escrever ou cantar, determinado isso pelo tipo de arte que tomou conta de si."

fonte: http://www.cyberartes.com.br/indexFramed.asp?pagina=indexArtista.asp&edicao=89

Escutando (the scientist)

sábado, maio 27, 2006

Memórias do tempo em que existia o chocolate "Lollo"


Vi a propaganda de um dispositivo anti-pesadelo. É o fim! Não que seja algo ruim, mas... Vi o anúncio de um robô que lê no cérebro, por meio de uma máquina de ressonância magnética, o movimento de um homem e repete-o. É o fim! Não que seja algo ruim, mas...
Na verdade, é um fim. O do tempo em que os filmes, projeções e delírios futurísticos da minha infância eram só o que eram. com o fim, eles são o presente! E isso assusta. Quantos anos demoraram de "vinte mil léguas submarinas", de Júlio Verne, até a construção dos submarinos? Ou até os cilindros de ar comprimido? Muitos e muitos! Mas agora... os encantos e promessas de minha infância, ao se cumprirem, perderam o encanto. Isso é algo ruim? Não, mas...

quinta-feira, maio 25, 2006

Noctus!


Consegues simplesmente pôr a cabeça no travesseiro e durmir? E mais, consegues pô-la quando queres? Pois digo que meu sono não me obedece, que minha razão não possui o menor controle sobre meu sono. Sem contar a palidez, a chatice, a mesmice das manhãs. Como odeio as manhãs! O nascer do sol? Nasce todos os dias! Isso pra não dizer - mas já dizendo - que o poente é muito mais belo, com um alaranjar inigualável pelo nascente! Não... não consigo, não posso e, a cada nova noite, percebo que não quero dormir cedo!

segunda-feira, maio 22, 2006

Pós-Goethe

Eu saúdo a melancolia! Grito a plenos pulmões, com toda a força que tenho, para que todos ouçam, entendam e também saúdem-na.
A contemplação dos sons pouco contemplados, o silêncio para a meditação, o suicídio apaixonado, a chuva fina durante a noite, um pouco de café, luz incerta e fraca, devaneio, êxtase, papel e lápis. O meu momento máximo, quando os astros parecem conjugados para isso, e inexplicável...
Pena durar tão pouco!

quarta-feira, maio 17, 2006

Vazio

Meu mote inexiste. Nada como a compulsão, como a vontade patológica de escrever, para resolver essa fraqueza. Fosse eu escritor profissional, a essa hora estaria faminto. Mas a fome é de palavras, de - como disse bandeira - sitaxes de exceção, de infinitivos flexionados(ou não, numa caetaneada), de uma visão nova sobre as mesmas coisas. É isso. Fosse eu capaz, escreveria o que quero e não acerca do que quero.

quinta-feira, maio 11, 2006

Um normal estranho - Cap. I


"Noite quente. O maldito telhado de amianto faz do ar algo viscoso, grudento, cru. Não conseguirei dormir provavelmente; os também malditos mosquitos zumbirão em meus ouvidos assim que eu fingir dormir, somente pra que eu levante, pegue o aerosol, mate-os e fique acordado um pouco mais. Meu quarto é pequeno, moro numa pensãozinha. Meus vizinhos de parede são escrotos, assim como minha vida tem sido, mas eu sou melhor que isso. Ao menos é o que eu digo para mim, olhando para o espelho, todas as malditas manhãs precedidas de noites quentes e sufocantes, como a de hoje." (continua)

Primeiro capítulo do "folhetim" que estou escrevendo. Pretendo postar um por semana... se tiver coragem pra trabalhar tanto...

Escutando (Toranja - Só eu sei ver)

segunda-feira, maio 08, 2006

Reencontro?

Transformei-me em uma noite - ou era tarde? Não lembro. Uma névoa envolvia-nos... protegia-nos... do mundo! Sim, do mundo! Mas não protegeu-te de mim e nem o contrário.
Teu olhar gritava por socorro e perdição; eu era protetor e selvagem. Enquanto predava, em posição superior e fortalecido por um instinto, teu silêncio era desejo, manso... era como querias, não? Sacrifício! Mas não... voltei a ser protetor e, para mim, teu silêncio passou a ser desespero. Mansidão de quem era cativa e não tinha forças pra lutar contra.
Quando um encontrar de lábios, precedido por troca de olhares, se fez verdade, perdi-me. Sim... tu podes rir, mas perdi-me. Tanto tempo de espera, por mais que fossem alguns dias ou meses, não sei, acabou com a dicotomia romântica que havia em mim. Transformei-me em não-sei-quê... desfigurado, perdido naquela névoa, que agora afasta-nos um do outro.
Sou caça; sem ar, sem saber como sacrificar-me ou fugir e sem ver-te. Que faço?

Escutando (Los Hermanos - De onde vem a calma?) (sic)

Música de Filme

Estás dentro de mim
Por dentro de mim
Ficas dentro de mim...

é pena quase não poder ficar
és quente quando a luz te trás
Quase te vi, amor...
Quase nasci sem ti
Quase morri
Dentro de mim

Estás dentro de mim
Por dentro de mim
Ficas dentro de mim...

Silêncio, lua, casa,chão
És sitio onde as mãos se dão
Quase larguei a dôr
Quase perdi...Quase morri...Dentro de mim...

Estás dentro de mim
Por dentro de mim
Ficas dentro de mim

Sempre sou mais um homem
Mais humano
Mais um fraco
Sempre sou mais um braço
Mais um corpo
Mais um grito... sempre...
Dança em mim!
Mundo, vida e fim!
Dorme aqui...dentro de mim.

É pena quase não poder ficar...
No sitio onde as mãos se dão
Quase fugi, amor
Quase não vi
Vamos embora daqui
Para dentro de mim.

www.toranjanet.com

Escutando ( Toranja - Música de Filme)

sexta-feira, maio 05, 2006

"Minha história de redenção" ou "Construção pelo oposto"

Sinto frio e só teu abraço pode me salvar. Sinto frio... e, por mais que o mundo todo me veja triunfar, é o teu abraço que mostra o quão perdedor sou. Venço, sim, mas continuo perdedor. E é essa alma derrotada que faz a fama ser tão doce a mim. Seduzido, viciado... mas em pé.
A cada vitória, uma derrota. A cada clamar da multidão, a certeza de que sou incompleto. Essa certeza não é o bastante, pois a auto-confiança, a segurança e a maldita ambição continuam lá. Eu preciso do teu abraço, pois ele me humilha. E essa é minha única salvação! Preciso cair, continuar no chão, rastejar, cair de novo, ser pisado e esquecido. Serei salvo ao levantar, ao perceber que não sabem quem sou. Sem platéia, sem show, sem aplausos. E isso será irrelevante.
Eu preciso do teu abraço por ser ele a única coisa superior a mim que posso ver. Estou cego. Seduzido, viciado e cego. Ele me libertará.
Eu preciso do teu abraço, mas do teu verdadeiro abraço.

quarta-feira, maio 03, 2006

Fortuna

Sinto que teus braços querem aprisionar-me. Como se não houvesse mais recursos, como se não houvesse a conquista, abraças-me forte, apertas-me contra o peito e tens asensação de que sou teu. Eu fico feliz por proporcionar alguns instantes de realização. Uma Efêmera e falsa realização. Gosto muito de ti pra negar isto.

Escutando (Jimi Hendrix - All along the watchtower)