segunda-feira, julho 30, 2007

[Calei...]

Calei
Antes das palavras
Para ouvir a tinta
E saber do fim

Melodia negação;
Furtei este espaço
Sem explicar-me,
Pois venham, desculpas!

Nada, nada...
A caneta é irrelevante
As marcas, o papel, o monitor...

Somos nós;
Por mais que esqueçamos

sexta-feira, julho 27, 2007

Apelo

Estranho, estranho, estranho... É só o que tenho dito. Ladainha, certamente, pois essa história de "não ter lugar no mundo..." - ah!, é cena.
Consola-me a cumplicidade que todos vocês, leitores - insistentes leitores -, trazem a uma prosa gasta e pouco original. E como é bom saber que vocês existem...
Paciência, paciência.

terça-feira, julho 24, 2007

Relógio

Me aponta o ponteiro
Os seus primeiros segundos
Sou uma antigüidade

Por Danilo Bomilcar e Rafael Seferian

sábado, julho 21, 2007

explicação

Momentaneamente sem a tensão necessária, deixo em branco o espaço, mesmo escrevendo.
Nada que não passe logo, assim como este enjôo....

terça-feira, julho 17, 2007

Voz Alta

Não mais aparência;
Tens a descartável casca
Fria e muda
Muda...
Muda!

domingo, julho 15, 2007

Sobre certo som

Um Arnaldo
Armando amores
É arma e tiro
Em nossos Dias

sábado, julho 14, 2007

Poema Liquefeito

Verborrágico assombro...
Nem as mesmas frases
Nem a boa mesma

Algo como vício
Compulsão bulímica;
Puro vômito...

Sobre Lembranças


Parte I - Poema sem grifos


Pensou-se em dionísio ou príapo,
Mas o ritual era Cristão

Entrega;
Tua e minha,
Sem que soubessemos um do outro

Interpretações...
É o que temos ao ganhar o mundo
Traem-nos;
E tudo o mais, então,
Simplesmente acontece

Por mais alegria e prazer que haja,
Agora,
Há com outros,
Pois perdemo-nos ante a primeira;

Foi-se este tempo:
O verso livre trouxe-me o fingimento
E com ele tenho saciado-me


Parte II - Exemplo; Pobre fingimento


O ritual, a métrica, palavras certas... pessoas certas...
É... foi-se
Ao menos para mim;
Alguns conseguem tais coisas - o que não é meu caso
Espero que tenhas conse...
Não
Mentiria se dissesse isto

Entreguei-me ao que é passageiro
E fácil

Não sou mais o das escadas,
Tampouco o que chorou em frente ao relógio
Sou o desejo daquele e o medo deste

Teu;
Mas sem ti,
Escravo de mim

terça-feira, julho 10, 2007

[Aos cegos, escrevo]

Aos cegos, escrevo
Clamo perdão
Por tudo que é seco
E não pode ser tocado

__________


Explodiu-me a poesia
E todo fruto meu
Tornou-se carne minha

Não penses, não penses

Descontruo, em teu mundo,
De surdez inaudita
E norma apática,
A nossa igualdade

Minha estrutura,
Caoticamente fixa,
Repetitiva e gasta...
Basta
A ti,
Por hora

Algo ou Palavras?

Há tempos em que as flores são ramos
Não lhas entregamos por representarem o nada
Pois, o nada, não se comunica, quando sincero

Há tempos em que as flores são exuberantes
E a paixão as dá para serem tudo num instante
Toda a intensidade

Há tempos em que as flores são secas
Nunca para que as seguremos
Pois precisam de livros,
De um quase esquecimento que as faz onipresentes
Ou completamente negadas
Em ambos os casos,
Um dia abre-se o livro
Anos, que sejam;
Mas lá estará

Há tempos de luta,
Há tempos de espera
E há tempos de passos incertos,
Em que uma palavra não basta

domingo, julho 08, 2007

Ainda lês? É contigo que falo

Tão vazia, essa intensidade minha; a dos últimos tempos. Não ruim - não. Mas são estranhos os repetidos sonhos, o looping das lembranças e o desejo de que a forma seja outra.
Mais que ironia; crueldade... não; não é crueldade. Não há intenção, nem motivo, nem razão, nem sentido, nem algo. Tudo é por acaso, mesmo ao repetir-se.
Por mais que me tenham dito o contrário. Por mais que tenhas dito o contrário.

segunda-feira, julho 02, 2007

[Um vulto...]

Um vulto,
Ao abraçar-me,
Tornou-se rosto e beijo
Prescindiu de apresentação;
Tocou-me