sexta-feira, agosto 24, 2007

Poema do Marejar

Preso,
Em terna estrutura,
E machucado
Por debater-se

É criança que arregala os olhos;
Nada lhe escapa...
Falsea desespero e sonda,
Como se todo corpo fosse nu
E todo drama, evidente

quarta-feira, agosto 15, 2007

Impacto

Estaios soltam-se a cada beijo nosso,
Levando a cabo o desejo autodestrutivo
De queda

Romperam-se os diques,
A represa ruiu...
Após uma semana,
Nem a melhor pilastra - da melhor ponte -
Suportou sozinha peso e corrente

Por todo o verde vestido
Existia dúvida

terça-feira, agosto 07, 2007

Sem título

Acabas de nascer, como podes... mas lê!
Teus olhos, atentos a tudo
Com tal volúpia,
Com tal fome,
Que não há janela, nesta sala,
Sem temor e vergonha de ti