quinta-feira, abril 06, 2006

Crônica da solidão noturna


A solidão forçada e o exílio trouxeram-me a melancolia de volta. Precisava de reflexão, precisava do silêncio. Quando não há com quem conversar, não há possibilidade de falar coisas sem sentido e sou obrigado a meditar. Nada que seja digno de Buda, mas o simples fato de ler um poema e conseguir algo além da indiferença, como um sorriso ou um leve ranger de dentes, mostra alguma interiorização desse "pensar-o-tempo-todo" que acompanha o som inexistente. É o que paira no ar e que reflete-se nas paredes de modo interminável. Nada.

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